Santa Catarina é referência em produção alimentar, sendo destaque em produtividade e qualidade. Parte deste desenvolvimento se dá ao trabalho do extensionista rural, profissional este que tem como desafio levar as famílias rurais e pesqueiras o conhecimento e a tecnologia.
A cultura do maracujá que vem se destacando cada vez mais na economia do Sul catarinense, é um exemplo da importância do extensionista rural para a região. Cultura implantada como alternativa o maracujá atualmente tem um movimento superior a R$ 24 milhões em valor bruto de produção, no qual envolve mais de 700 famílias rurais que devem produzir nesta safra cerca de 70 mil toneladas somente na região. Se levar em conta toda a cadeia produtiva desde a semeadura este valor pode quadriplicar.
Porém, tal desenvolvimento se deu graças ao trabalho de extensão rural que em 2016, quando a virose do endurecimento do fruto foi detectada nos pomares do Sul de Santa Catarina, auxiliou os produtores a enfrentar o problema através de uma ação rápida da Epagri, em conjunto com os outros atores dessa cadeia produtiva, resultando no convívio com a doença, sem perda de qualidade das frutas. . “Quando aconteceu a entrada da virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro aqui na região, imediatamente tomamos várias medidas para que a produção de maracujá continuasse a ser fonte de renda para várias famílias de agricultores”, explicou o extensionista rural Diego Adílio da Silva, que trabalha com fruticultura nas regiões de Araranguá, Criciúma e Tubarão.
Da prática a elaboração de políticas públicas
A parceria extensionista rural, produtor, Secretaria de Agricultura e Legislativo Catarinense resultou neste ano numa das grandes conquistas dos maracujazeiros da região, que foi a sansão da Lei de Defesa Sanitária Vegetal e da portaria do vazio sanitário, em março deste ano.
Engenheiro agrônomo, presidente da Comissão de Agricultura da Alesc e relator do projeto, Zé Milton enfatizou a grande contribuição da experiência prática do extensionista e da contribuição para a elaboração da Lei de Defesa Sanitária Vegetal, que segundo ele vai muito além da proteção a cultura. Segundo o parlamentar em um mundo competitivo, a sanidade vegetal é mais um elemento de diferenciação. “Hoje somos grandes exportadores de carnes devido aos status conquistados com as questões sanitárias, que são e continuarão sendo, por muito tempo, um instrumento para competir no mercado internacional. Agora com o controle sobre os vegetais ampliamos a possibilidade de exportarmos ainda mais”, defendeu o Zé Milton ao falar da importância da Lei para abrir o mercado internacional para o maracujá.
Na AMESC os principais produtores são Sombrio, com 202 produtores com uma produção de 10.2 mil toneladas, seguido de Santa Rosa do Sul, 88 produtores e 4,1 mil toneladas e Jacinto Machado com 80 produtores e 2,5 mil toneladas.