Santa Catarina mais uma vez demonstra o seu protagonismo no cenário nacional, ao assinar, no dia 10, em São Paulo, um protocolo de intenções para aquisição da vacina Coronavac. A ação, realizada pela Federação Catarinense dos Municípios – FECAM, permitirá as cidades catarinenses comprar doses da vacina após a aprovação da ANVISA.
Segundo o prefeito de Rodeio, presidente da FECAM, Paulo Weiss, a previsão é de que no final de janeira a vacina esteja disponível para a população brasileira. “Fomos a primeira Federação a assinar os protocolos, vamos agora agendar uma audiência com o Governador para que o Estado inclua a Coronavac no plano estadual de vacinação”, comentou Weiss ao destacar que a Federação foi a primeira do país a assinar o protocolo de intenções com o Instituto.
“Como agentes públicos precisamos buscar soluções, ir além do debate. Precisamos nos embasar em dados científicos, manter medidas sanitárias e de restrições, mas, mais do que isso, precisamos dar uma solução definitiva para o problema”, declarou e finalizou. “Temos aqui a vacina que é uma solução, que está sendo produzida em nosso país pelo Butantan que há mais de um século tem contribuído com a saúde brasileira”, defendeu Weiss.
O presidente da FECAM no encontro não passou informações sobre o valor que será investido e nem de onde seriam retirados os recursos para a compra. “Vamos nos reunir, iniciar o diálogo para possamos, juntos, municípios e o Governo Catarinense encontrar uma solução definitiva. E depois vamos discutir quem vai pagar a conta. Porque não dá para ficar discutindo quem vai pagar a conta, se vai ser o município, se vai ser o governador. O importante é que tem vidas que estão sendo perdidas diariamente e a gente vai discutir e definir isso nos próximos dias”, finalizou.
Segundo nota oficial da Secretaria da Saúde de Santa Catarina, o estado está alinhado com o Plano Nacional de imunização e que está preparando ações de logística para o redimensionamento da rede de frios, locais de vacinação e treinamento de equipes.
Fase final
Já na terceira fase, a CoronaVac está sendo produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O resultado da fase 3 com o índice de eficácia do imunizante deve ser divulgado até o próximo dia 15 de dezembro. Estudos clínicos de fase 1 e 2 já demonstraram que 94,7% dos voluntários não tiveram evento adverso. Dos que apresentaram alguma reação, 99,7% relataram sintomas de baixa gravidade, como dor no local da injeção e dor de cabeça leve. Artigo publicado na revista científica The Lancet apontou que a vacina do Butantan produziu resposta imune em 97% dos participantes dos estudos.
A disponibilização do imunizante para a população ocorrerá somente após a comprovação da eficácia, que deverá acontecer após a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos e posterior aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além, dos prefeitos catarinenses, gestores do Paraná e do Rio Grande do Sul também participaram do evento, que foi organizado pelo secretário de Turismo de São Paulo, Vinícius Lummertz.