A pedido do Ministério Público, prefeitos dos 15 municípios do extremo sul catarinense estiveram reunidos com representantes do MP para discutir ações relativas às restrições impostas para tentativa de controla à pandeia do coronavírus na região. Durante o encontro, o prefeito de Turvo, Sandro Cirimbelli, pediu respeito ao comércio varejista, que teme um novo lockdown no Estado.
Prefeitos e promotores públicos estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 3 de março, na sede da Amesc (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense) para debater algumas ações relativas à tentativa de controle da pandemia do coronavírus na região. No foco do debate, a manutenção ou não do retorno das atividades escolares na forma presencial, já que a Educação foi enquadrada como serviço essencial e, legalmente, não poderia ser interrompida enquanto outros estabelecimentos tidos como não essenciais permanecessem abertos.
Respeito aos varejistas
Percebendo como uma pressão pelo fechamento de outros setores, prefeito de Turvo, Sandro Cirimbelli saiu em defesa do setor varejista, argumentando que os comerciantes “não são os vilões desta pandemia”.
Comerciante tradicional no município, Sandro já foi presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e membro da diretoria da FCDL/SC, e, por experiência, profundo conhecedor dos desafios enfrentados pelos comércios no atual momento pandêmico. “É preciso que haja uma sensibilização quanto ao horário de atendimento dos comércios, que estão demonstrando ter francas condições de seguir todos os protocolos de segurança e normas sanitárias do enfrentamento ao Covid-19”, defendeu Sandro.
Segundo o prefeito, o pequeno movimento que vem sendo visualizado nos comércios devido à própria pandemia já mostra que não demonstra que estes estabelecimentos não são locais em que haja aglomeração. “Os comércios não são o problema, não são os vilões. As festas clandestinas, de Carnaval e os encontros de fim de semana, por exemplo, causam um estrago muito maior, quando os jovens compram os produtos e saem para se reunir em sítios, praias e acabam propagando o vírus”, argumentou, pedindo respeito e empatia ao momento crítico vivido também pelo setor varejista e empresarial. Na reunião, foi definido de forma conjunta pelos prefeitos que a as aulas da rede municipal de ensino retornarão de forma presencial no dia 16 de março.