Saúde

Gislaine Cunha: “Em momento nenhum se pensou em lockdown”

IMAGEM (Reprodução)

Encontro virtual realizado na noite desta terça, 9 de março, reuniu representantes do governo municipal de Sombrio, CDL, Acis, Polícia Militar, OAB e Ministério Público. Prefeita, vice prefeito e secretário de Saúde explanaram sobre a atual situação relativa à pandemia no município e ouviram sugestões da sociedade civil organizada para tentar controlar e reduzir os números da Covid-19.

Com uma ameaça concreta de novo fechamento de serviços essenciais, o chamado lockdown, inclusive com recomendação de entidades como Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público (MPSC), membros da administração municipal de Sombrio estiveram reunidos virtualmente com entidades representativas para debater os próximos passos em relação à pandemia, em Sombrio.

Não ao lockdown

Na eminencia de uma decisão estadual pelo fechamento, prefeita Gislaine Cunha quis deixar claro que não passou por seu governo a intenção de restringir atividades comerciais ou industriais no município. “Em nenhum momento se pensou em lockdown. O que precisamos é que a população continue a se prevenir, usando máscara e evitando aglomerações”, declarou Gislaine.

Prefeita informou que todas as decisões têm sido tomadas de forma regional com os outros 14 prefeitos do extremo sul e, da mesma forma, macrorregionalmente entre as Amesc (Araranguá), Amrec (Criciúma) e Amurel (Tubarão).

Números preocupam

Por outro lado, o próprio governo admite que os indicadores mostram uma alta no contágio, casos graves e óbitos na região, trazendo um alerta ainda maior entre todos os prefeitos. “Está cada dia mais complicado e os números têm nos trazido grande preocupação”, salientou a prefeita, que na segunda se reuniu também virtualmente com o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, e na terça esteve com ele presencialmente, em Florianópolis, discutindo a liberação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para o Hospital Dom Joaquim.

Sugestões

Tentando a todo custo evitar o colapso das empresas, resultante de um novo lockdown, representantes de CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Acis (Associação Comercial e Industrial de Sombrio), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), PM (Polícia Militar), MP (Ministério Público) e maçonaria (loja maçônica Acácia das Gaivotas) deram seus relatos e sugeriram ações que possibilitassem a manutenção dos trabalhos sem que haja o avanço da pandemia.

Sugestões como toque de recolher e barreiras sanitárias foram descartadas, mas ações como a proibição da venda de bebidas alcoólicas em dias e horários específicos, fechamento de supermercados aos domingos e responsabilização de entidades bancárias por aglomerações foram encaradas como possíveis. “Estamos presenciando grandes aglomerações em frente aos bancos e também é perceptível que encontros de familiares e amigos, além de festas clandestinas têm sido os principais responsáveis pelo aumento dos contágios”, declararam representantes de entidades comerciais.

Fiscalização e educação

Dependendo ainda de decisões do governo de SC, que devem ser decretadas nesta quinta, a reunião de entidades sombrienses definiu que haverá novamente a criação de uma força tarefa para ampliar a fiscalização e ações educativas nas ruas de Sombrio.

Com guarnição da Polícia Militar exclusiva para as atividades de fiscalização, a força tarefa deve contar também com campanhas educativas por parte de CDL, Acis e da própria Prefeitura. “Fazer com que a população se conscientize da gravidade da pandemia é nossa melhor saída para contornar este momento que vivemos”, afirmou a prefeita, que ratificou a intenção de compra de 20 mil doses de vacina através da Fecam (Federação Catarinense de Municípios).